ALGUM DIA VAMOS TODOS MORRER...


Quem é da minha geração, talvez se recorde dos livros de banda desenhada e, posteriormente, a série de televisão de "bonequinhos" ou "macaquinhos": Snoopy.

O título original é Peanuts (https://www.peanuts.com/), mas em Portugal as pessoas conheciam como SNOOPY ou o CHARLIE BROWN.

Quem se recorda desta banda desenhada, ou da série televisiva, poderá lembrar-se que a mesma rondava à volta de um grupo de crianças e de um cão (o snoopy), o qual dormia no telhado da sua casota, e não dentro de casa, e andava como um ser humano.

Carlie Brown e Snoopy são as personagens que mais retenho na memória, não sei se o mesmo acontece consigo! A ideia que tinha desta dupla é que Charlie Brown era um miúdo medroso e pessimista, enquanto que Snoopy era pachorrento e com uma visão muito simples acerca da vida.

Num quadradinho de banda desenhada, o qual eu coloquei como ilustração neste artigo (gentilmente retirado da internet) Charlie Brown vira-se para o Snoopy e diz-lhe: "Um dia vamos todos morrer, Snoopy!" ao que Snoopy responde: "É verdade. Mas todos os outros dias não!"

Quantas pessoas passam o tempo obcecadas com o dia que apenas virá uma vez, em vez de estarem focadas em todos os outros dias que estão vivas e podem fazer algo para sentirem a vida a latejar?

Há quem viva com tanto medo do dia da morte que acaba por nem saborear a vida. E tudo isso vem à superfície quando o ruído da vida cessa por algum tempo. Quando não há trabalho para fazer, problemas para resolver, contas para pagar, filhos para educar, a ideia do dia fatal vem à mente e esquecemos todos os dias em que ele não chega.

Sem querer parecer pessimista, a verdade é que um dia vamos todos morrer. Isto não é pessimismo, é ver as coisas como elas são. Mas não pior do que elas são. Porque até chegar esse dia, teremos muitos outros dias de vida. O truque aqui é SENTIR-SE VIVO(A) daqui até lá... 

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